domingo, 31 de maio de 2009
Witchhammer e suas guitarras que "cantam uai"
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Comunicado Barulho FM
Olá amigos!!!
É um prazer ter contato com vocês, por isso comunico-lhes que, devido ao fim da marca "BK Estúdio" (para evoluir para "MultiMaster Estúdio) e a necessidade de fortalecer o nome Bruno Ribeiro, estou abandonando os e-mail`s:
brunobkestudio@gmail.com
brunobkestudio@hotmail.com
brunobkestudio@yahoo.com.br
brunocaputobk@hotmail.com
Para manter-mos contato, peço que adicionem e utilizem o endereço:
brunoribeirojor@gmail.com
O MSN também muda para: brunoribeirojor@hotmail.com
Obrigado pela atenção.
Grande abraço!!
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Velhas Rádios Jovens...
Tenho lido bastante sobre as rádios "Jovens" do Brasil para realizar uma pesquisa acadêmica. Uma conclusão, podemos chegar ainda no início dos trabalhos: As rádios jovens brasileiras envelheceram. Se a rádio se define nesse segmento, é porque tem o público de pouca idade como foco, porém o jovem mudou. Ele gosta de vários tipos de música, fato ignorado pelas emissoras que colocamos em cheque.
A prova de que o segmento está capengando é que os indices de ibope estão cada dia menores. Enquanto as adultas e populares rebolaram, incorporaram novos elementos e evoluíram seus playlists, as jovens continuam na mesmice de Top 40, promoção e humor. O que ocorre é que a rádio jovem continua querendo falar pra ouvinte que gosta de rock, dance e hip hop ao mesmo tempo em que só toca lançamento. Em primeiro lugar, quem gosta de rock não aceita essas bandinhas EMO que eles chamam de rock. O dance e o hip hop são, sim, bem trabalhados, temos de reconhecer, afinal essas "tribos" gostam de lançamentos, porém quem não é fanático por esse dois estilos, possivelmente goste de um clássico como "Diddy - Last Night" e seja atraído por uma música dessas.
O rock já vive o oposto, já que as bandas novas não convencem como as antigas, o que leva a crer que tocar "Nirvana" ou "Guns" atrairia uma boa massa ouvinte. Como já inclusive cheguei a afirmar, EMO não é rock e, portando, não agrada rockeiro. Inclusive em outros gêneros, a velha fórmula de trazer mid-backs daria resultados, pois jovens já sentem saudade da música que, por exemplo, ouviram quando deram seu primeiro beijo.
Agora um fenômeno que chama a atenção, é o fato de que jovens passaram a gostar do "popnejo", também chamado de sertanejo universitário e de axé. Se a rádio é jovem, a meta é esse público e quer atingir a massa ouvinte, tem que dar um jeito, pelo menos remixado, de incluír esses estilos no playlist. Vanessa da Mata é um exemplo de artista, pois grava a mesma música em versão pra rádio adulta, pra rádio popular e pra rádio jovem. Talvez o abandono do jabá e a construção de parceria com mais artistas nacionais, a fim da produção de versões mais pop's de sons de outras praias.
Quando digo que essas rádios envelheceram, é porque se antes jovem odiava sertanejo, hoje a cena é outra, mas os diretores artísticos delas ainda vivem a ideologia programacional das décadas de 1980/90. As populares estão de boa, perceberam que não tem que tocar apenas breganejo e pagode, abriram o playlist para os melhores internacionais tocados nas jovens, tocam axé e têm, como resultado, as primeiras posições no ibope.
Vale lembrar que os jovens gostam de músicas como "Tchal" do Jammil e " Se ela dança, eu danço" do Leozinho. Rádio jovem que não dê um jeito de tocá-las, está fora da lista das mais ouvidas.
sábado, 9 de maio de 2009
Música que faz doer.
Radialistas não conseguem observar a reação das pessoas diretamente e, por isso, devem observar as pessoas em outras situações como bailes e festas, na rua, nos carros e até no supermercado. Foi exatamente fazendo compras que deparei com uma cena bastante interessante. No estabelecimento, existe um sistema de som ambiente (alías muito bom) que estava tocando clássicos como Robbie Willians, Seal, Kid Abelha... Estava observando que algumas pessoas cantarolavam a música que rolava e, inclusive, se mexiam acompanhando o ritmo.
Derrepente tocou um grande sucesso de Zezé di Camargo e Luciano na década de 1990 chamado "Salva Meu Coração". Então uma mulher que aparentava gostar de Funk (pelos seus piercings e tatuagens), mas que estava curtindo as outras músicas, começou a reclamar daquela música: "Ai credo, que música ruim...".
O que aconteceu, observando atenta e criticamente, é que, mesmo as músicas que estavam tocando até então não serem as preferidas da moça, ela ouviu pois eram músicas que não "agrediam" seus ouvidos, eram músicas que estão dentro de um padrão musical atual e que pela sua boa sonoridade se tornam quase unanimes. O Zezé di Camargo, com sua voz "Caprina" na citada música, somado à uma qualidade de gravação ultrapassada, cheia de guitarras extremamente agudas, fez a garota perceber que é uma música fora do contexto atual (dominado por Fernandos, Sorocabas, Joãos e Fredericos) e a "ofendeu".
Trazendo a análise para o mundo das ondas hertzianas, podemos observar que mesmo uma canção que faz/fez sucesso não causará um impacto positivo perante a audiência, se ela agredir o ouvido das pessoas. Claro que a música ter feito sucesso é um ponto importante, mas se ela é ofensiva e não se encaixa no molde atual de músicas, ela, infelizmente, estará fora de uma programação que almeja a massa de audiência.
Portanto com este exemplo, reforçamos a idéia de que o radialista deve sempre estar atento a tudo que acontece em sua volta, o que está tocando e as reações do público, não ficando refém, pois, apenas da "Sucesso CD" e dos Tops de internet.